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Hasta la vista, Diego | por Moisés Elias

O ano de 2020 começa a descer a ladeira derradeira para seu fim, e, talvez, nunca tenhamos aprendido tanto com as lições que esse ano nos deixará. 

A nossa coluna de hoje, não passará de uma singela homenagem ao homem que nos deixou essa semana. Dom Diego Armando Maradona Franco. “El Pibe de Ouro”, ou em bom português; O Garoto de Ouro”. 

Maradona foi uma dessas personalidades que faziam o imaginário popular se inflamar. Polêmico, louco, inconsequente; humano. Possivelmente esta última, a maior faceta que o tornou um semideus para os argentinos. A humanidade. Não na forma da bondade, mas na face da fragilidade. 

O Argentino deixou se levar… E quem é que não se deixa. Os erros de Diego o tornaram mais próximo do povo –, o tornaram mais um na multidão que, assim como todo mortal encara suas lutas diárias, suas agruras e fraquezas.  Mas também as vence.

Diego foi a desconstrução da imagem de mocinho que os ídolos “precisam ter”, e ele fez questão de não tê-la. Sabia de sua natureza pecadora, subversiva, revolucionária.

O cara capaz de vingar um povo que havia perdido uma guerra há apenas quatro anos antes. Vingou na bola, sem bala. Vingou na mão, mas sem agressão. Na mão de Deus. Vingou costurando ingleses que mais pareciam retardatários ficando pelo meio do caminho, até a glória eterna para o gol que é hoje, considerado o gol mais bonito da história das Copas. 

Talvez seja Diego a figura mais emblemática e controversa do mundo da bola, e mais próxima de nós. O rei com traços de plebeu, o olimpiano travestido de ser humano, o político com “cheiro de povo”. 

Gracias por tudo, Diego. 

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