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TARDELLI E MORENO, O MARKETING OBRIGATÓRIO DOS CLUBES DE MINAS, POR MOISÉS ELIAS

Atlético e Cruzeiro precisam saber usar a volta desses jogadres como uma atração comercial

O futebol mineiro anda longe de estar vivendo seus melhores dias. Com o Cruzeiro na Segunda Divisão do futebol nacional; e o Atlético-MG recém-eliminado da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil por um time “semi-profissional” do Sertão de Pernambuco, o Afogados da Ingazeira –, as duas torcidas andam sem motivos para comemorarem.

Porém, o alento parece ter chegado para ambos simultaneamente. As apresentações de Diego Tardelli no Galo e, de Marcelo Moreno pelo Time Estrelado dão uma esperança a mais a essas duas torcidas para a temporada de 2020.

O curioso é que os dois jogadores conservam alguns fatos em comum entre eles: Ambos deixaram seus respectivos clubes em Minas na temporada de 2015 para se aventurarem no futebol chinês, jogaram por Grêmio e Flamengo; são ídolos dos clubes de Minas, artilheiros e, em toda janela de início de ano eram especulados em Atlético e Cruzeiro respectivamente.

Entretanto, em meio a boatos, desconversas e até polêmica nas redes sociais por parte de Diego Tardelli e Sérgio Sette Câmara (presidente do Atlético-MG) “Tardelli Gol” e o “Flecheiro Azul” desembarcaram em Belo Horizonte para alegria de seus torcedores.  

O que os dois jogadores podem entregar, em especial nesta temporada? O que a torcida espera são gols. Afinal, de certo, é do que eles vivem. Mas fora dos gramados o regresso de Diego Tardelli e de Marcelo Moreno pode significar boas ações no que tange a marketing e, consequentemente, retorno financeiro.

Venda de camisas personalizadas, ações publicitárias com enfoque no sócio-torcedor e aumento do engajamento nas redes sociais, são apenas um dos fatores, cujo, os atletas podem influenciar positivamente.

Marcelo Moreno chega a um Cruzeiro que vive a pior fase de sua história. Endividando, com receita escassa por conta de desmandos de gestões anteriores, no mínimo catastróficas. O jogador optou por retornar a Belo Horizonte abrindo mão de um contrato milionário – que renderia ao jogador pelo menos 49 milhões de reais.

E não bastasse tal fato, ainda foi vazado um áudio onde Moreno se auto-intitulava “louco pelo Cruzeiro”. Se o Boliviano já tinha sua história marcada do lado azul da Lagoa da Pampulha, após este áudio, ele se credencia a tornar-se juntamente com o goleiro Fábio e o zagueiro Léo; os maiores símbolos de uma possível volta por cima do time cruzeirense.

Em contrapartida, Diego Tardelli “Volta para casa”. Foi assim mesmo que o próprio  jogador se referiu ao Atlético-MG nas redes sociais quando a negociação tinha sido concluída.

Presente em todos os últimos títulos importantes do Galo, Diego possui uma incrível identificação com a torcida alvinegra. Mesmo essa relação tendo sido abalada com sua ida para Grêmio no início de 2019, o atacante foi recepcionado com festa pela torcida em seu desembarque no Aeroporto de Confins. E com isso passa a ser peça fundamental para o Galo dentro e fora de campo.

Obviamente, é necessária uma expertise dos mandatários dos clubes, que a meu ver não exploram o potencial de seus ídolos como deveriam. Pelo menos aqui no Brasil. Rasga-se dinheiro quando não se consegue usufruir deste aspecto.  

São vários os ingredientes para usar a capacidade mercadológica que ambos possuem. De camisas a estatuetas – de livros a álbuns de figurinhas,  os respectivos departamentos de marketing de Cruzeiro e Atlético-MG têm a faca e queijo na mão.

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