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Vasco da virada, do amor e LGBTQIA+ | POR MOISÉS ELIAS

Praticamente todo homem que jogou futebol quando garoto, deve ter ouvido a torpe e famigerada frase: “futebol é pra homem”. Herança de uma época antiga, de um esporte que ainda é muito machista e, mais do que isso, homofóbico.

O último dia 28 de junho foi marcado pelas comemorações do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.  Atletas de várias modalidades esportivas se manifestaram nas redes sociais em favor da causa, inclusive, surpreendentemente, no futebol.

Digo isso, porque o futebol sempre foi um cenário quase que majoritariamente jogado e frequentado por homens, praticamente como um lugar de culto à masculinidade. Porém, nós últimos anos, vimos essa máxima se transformar, principalmente com a explosão do futebol feminino.

E surfando nessa onda, vimos nas rodadas do Campeonato Brasileiro das séries A e B, do final de semana dos dias 25 a 27 de junho, alguns dos times entrarem com uma menção à causa LGBTQIA+ ou com uma mudança importante em seu uniforme. Como foi o caso do Vasco da Gama, em confronto com o Brusque de Santa Catarina.

O time Cruzmaltino jogou com um uniforme, onde as cores do arco-íris ocuparam a tradicional faixa transversal na vestimenta do clube. O que a meu ver, além de ser um apoio à luta, configura-se uma ação de marketing incrível.

A camisa ficou barbaramente bonita e, além disso, o seu significado completa toda a sua magnitude.

Fiz uma breve pesquisa nos principais sites de artigos esportivos, além da loja oficial do Vasco, e, em todos, não há mais exemplar para ser vendido. A camisa é um verdadeiro sucesso de venda, o que engrossa o coro contra a homofobia.

Claro, a camisa também é uma sacada de marketing inteligentíssima. O terceiro ou quarto uniforme de um time precisa ser algo fora da caixa, fora do comum e do tradicionalismo. O torcedor gosta de consumir esses produtos que fogem às características do seu clube.

Camisas assim tendem a chamar atenção não só de torcedores do próprio clube, mas de outros também –, e dos colecionadores que miram o futuro, pois pensam no valor agregado que o artigo terá em 10,15, 20 anos, quando for um item raro nesse mercado que só cresce.

O futebol é de todos e para todos. Do rico, do pobre, do ateu, do cristão, do heterossexual ou de qualquer outro gênero que o individuo assim se reconheça. Afinal, dinheiro não tem ideologia.

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