A JORNADA DO DESIGN NOS UNIFORMES | POR VICTOR VIEIRA
Só para deixar registrado e evitar um problema grave: A Lumena autorizou escrever esse artigo!
Brincadeiras à parte, podemos dizer que o uniforme dos times de futebol fazem parte da memória e da nostalgia de todos os torcedores. Muitos deles reconhecem o ano, o jogador que atuou pela equipe e até resultados de jogos específicos apenas mostrando-o uma camisa.
Pensando nisso, resolvi falar um pouco sobre a jornada (olha a Lumena atacando novamente) do design dos uniformes de times de futebol até os dias atuais e como isso influencia na construção de identidade dos clubes.
Começando pelos anos 80, onde praticamente se deu início aos patrocínios esportivos no Brasil era possível identificar que o básico era o carro-chefe das equipes. Fazendo uma breve pesquisa não encontrei uma camisa de clube que fosse diferente dos padrões e cores que representavam o time em si.
É possível perceber que até os patrocinadores eram “padronizados”. Um exemplo é a vasta quantidade de times patrocinados pela Adidas e também pela Coca-Cola, com sua tradicional logo estampadas no espaço máster dos uniformes.
Mudando da água para o vinho vem a época de ouro das camisas (para mim as mais legais e bonitas do futebol), a extravagância dos anos 90. Nesse período podemos dizer que a regra era não ter regra. As camisas dos clubes tinham os mais variados e mais extravagantes designs que se possa imaginar com cores fortes, desenhos aleatórios (principalmente as camisas de goleiro) e muitos, mas muitos detalhes. Um exemplo é a bela camisa de goleiro do Cruzeiro usada pelo Dida em 1997, ano da conquista da segunda Libertadores pela raposa, onde uma tempestade de cores e formas é mesclada ao escudo e patrocinadores.
Com o fim dos anos 90 as camisas “diferentonas” deram lugar às camisas super tecnológicas e recheadas de patrocinadores. A necessidade dos clubes em fazer renda se tornou cada vez mais necessário e uma das alternativas encontradas foi o patrocínio nas camisas e, consequentemente, a poluição visual de marcas estampadas. Atrelado à isso as camisas de times se tornaram cada mais tecnológicas pensando no desempenho do atleta em campo, são camisas que ajudam na transpiração, na melhora dos movimentos em campo, dentre outras características. Uma camisa recheada de tecnologia que podemos perceber é a da seleção brasileira da temporada de 2020/2021 como na foto abaixo:
Não sabemos como serão as próximas camisas e nem suas tendências de design e tecnologia, mas como um apaixonado por camisas de futebol, tenho um único pedido: VOLTA CAMISAS DOS ANOS 90!