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De Paulistana ao Rio, sem escalas | por Moisés de Oliveira

Garoto piauiense que postou foto com camisa do Vasco feita de papel, tem dia de príncipe em São Januário

Em um país onde as mazelas sociais se multiplicam do Oiapoque ao Chuí, diariamente e ininterruptamente, o brasileiro humilde ainda tem o futebol como sua principal válvula de escape para amenizar suas chagas.
 
Lá, já se foram alguns dias desde que o fato viralizou nas redes sociais, mas acredito que para o bom exemplo, não existe um timing exato. Ele deve sempre ser abordado, cultivado, e não sai de moda.
 
Em julho passado, a história do garotinho Otávio, de Paulistana – PI, tornou-se conhecida por meio das redes sociais – onde demonstrou seu amor por seu clube de coração: o Vasco da Gama.
O jovem torcedor manufaturou sua própria camisa, feita de cartolina, e seu irmão postou a foto em que causou uma verdadeira mobilização à sua caça na internet.
 
Imagem: blogdoevangelista.com.br

O Vasco usou sua conta oficial no Twitter para tentar achá-lo. E pediu ajuda a seus torcedores.

Otávio, que tem apenas 10 anos de idade, não somente foi encontrado –, como ganhou as passagens aéreas para conhecer o Rio de Janeiro, e de quebra… assistir ao jogo Vasco X Grêmio, pela 14° rodada do Campeonato Brasileiro, em São Januário, juntamente com seu pai –, Sr. Naildo Coelho.

Ambos com a camisa oficial do clube, que hoje é assinada pela empresa italiana Diadora.

Tudo, claro, registrado pelas lentes das câmeras da Vasco TV, canal no Youtube oficial do clube Cruzmaltino. Do passeio na enseada de Copacabana à vibração com o gol da vitória, tudo eternizado não só pelas câmeras, mas pela memória de Otávio, que jamais esquecerá este dia.
 
Fatos como estes, evidenciam o quanto o futebol é importante em seu aspecto social, e tem o poder intangível de afetar a vida das pessoas. E muito mais do que qualquer outro ramo de negócio, a palavra “futebol” se confunde com a palavra “relacionamento”. Uma marca não consegue se expressar sem se relacionar –, ela precisa estar presente – entender qual é o seu público e o que ele espera.
 
A representação de um clube de futebol para uma criança é cercada de significados. O ídolo, a camisa, o estádio que provavelmente seu pai o levou a primeira vez. Todos esses aparatos que fazem fortalecer os vínculos entres os torcedores e seus clubes. Principalmente com os “baixinhos”.
 
Não se esquecendo da boa e velha frase clichê, porém verídica: De que “é preciso investir nas crianças, elas são o futuro.” Desta feita, ela não se enquadra somente a níveis educacionais, mas para os clubes de futebol também. Se quiserem transpor gerações e garantirem mais do que torcedores no futuro: clientes.

Imagem da capa: bardabola.com.br

 

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