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O Sócio Digital do Bahia pode oferecer oportunidades para a geração de receitas

Os campeonatos retornaram, e como é de conhecimento de grande parte dos fãs do futebol, vivenciamos um momento único e sem precedentes, não apenas no esporte, como na economia em geral. O afastamento forçado dos consumidores vem devastando diversos negócios, independente do segmento.

No mercado esportivo não é diferente, e todas as partidas estão sendo disputadas sem a presença do torcedor, justamente o maior ativo de um clube de futebol. A sua ausência reduz de maneira drástica a compra de produtos e serviços, sem falar na atratividade do espetáculo.

Embora as transmissões esportivas até tentem trazer alguma ambientação através da sonoridade da torcida, acompanhar uma partida sem a presença do público é entediante para o telespectador. Para os atletas que entram em campo sem o seu 12º jogador a disputa pelos 3 pontos é ainda mais desafiadora. Para os clubes envolvidos, o cenário é complexo, pois, sem público, não há bilheteria e vendas nos bares, consequentemente, um declínio na adesão dos pacotes de sócio torcedor. Enfim, é um cenário péssimo para a geração de receitas.

É neste ponto que vale um destaque para um dos clubes que, na minha opinião, mais crescem no Brasil. O EC Bahia, que já há algum tempo vem se notabilizando por estratégias de marketing diferenciadas e campanhas bem-sucedidas de engajamento lançou recentemente um projeto de conteúdo digital. Para os íntimos, o clube já tomou a liberdade de batizá-lo de “Netflix do Bahia”, ou seja, uma plataforma paga que conta com transmissões de treinos direto do CT Evaristo de Macedo, além da chegada dos atletas, entrevistas, dentre outros.

• Na modalidade Sócio(a) Esquadrão é possível aderir ao produto Sócio(a) Digital por R$ 7,90 mensais;
• Para os não-sócios, o valor cobrado será de R$ 9,90.

É claro que não podemos esquecer dos benefícios que são muito interessantes. Dentre eles, vale destacar:

• 5% de desconto na Loja Esquadrão, preferência na aquisição de ingressos e acesso a um treino por ano no CT;
• A Universidade do Bahia também foi inserida na plataforma, disponibilizando aulas sobre diversos temas: preparação física, fisioterapia, assessoria de imprensa, dentre outros.

Com o advento da MP984 e seus efeitos na transmissão de partidas para o clube mandante, tema que já foi debatido aqui, o Bahia traz uma nova forma de rentabilização. O clube entende que pode ser remunerado através de um conteúdo pago e produzido por ele mesmo.

Em condições normais, como era previsto, o lançamento do projeto ocorreria apenas no final de 2020, no entanto, com a pandemia, o clube acelerou os planos para trazer alguma novidade para o seu público de consumo, consequentemente, aumentar as suas receitas em tempos de “vacas magras”.

Enquanto diversos clubes ao redor do mundo orientam as suas estratégias para transmissões ao vivo no Youtube, o Bahia trouxe uma visão completamente diferente e em uma plataforma própria.

A ideia é que em 2 anos o projeto apresente uma equivalência ao valor recebido no contrato de pay-per-view, ou seja, R$ 9 milhões ano. Outro ponto que merece destaque e que pode ser um alavancador para as receitas com essa plataforma é que em 2021 o clube ainda não possui um contrato de transmissão firmado com a Globo, o que pode ser uma ótima oportunidade para a geração de novas receitas caso a MP984 vire lei.

Por último, fica a reflexão… Quantos clubes no Brasil podem surfar esta mesma onda? Na minha opinião existem oportunidades para todos e muitos ainda não despertaram para este caminho.

O Sócio Digital do Bahia se encontra disponível nas lojas de aplicativos para as plataformas Android e iOS.

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