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Tamanho não é documento: uma discussão sobre venda de produtos licenciados

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Imagine a seguinte situação: um torcedor de um time X encontra uma pessoa na rua usando um produto do seu time. Encantado com o produto, o torcedor pergunta: “Onde você comprou isso? Achei tão bonito” Eis que o usuário responde: “Comprei de um pequeno vendedor na internet que fabrica este e muitos outros produtos muito legais”.

Aonde quero chegar com isso? Pois bem, quero chegar nos pequenos vendedores que utilizam a internet como plataforma de venda de diversos produtos de clubes de futebol. Desde produtos têxteis até acessórios domésticos, esses vendedores demonstram enorme criatividade ao elaborarem produtos personalizados para os torcedores, seja uma camiseta alusiva a uma grande conquista, seja uma caneca com um desenho elaborado de um mascote.

Ao discorrer sobre esse ponto, podemos perceber que os clubes de futebol ainda estão longe de compreender os seus torcedores. Ainda que vendam muitos produtos licenciados, os clubes ainda não perceberam que podem alavancar ainda mais as vendas quando procuram entender o que os fãs realmente querem.

E como entender o que os torcedores querem? A resposta é simples e complexa ao mesmo tempo: basta ter criatividade. É um tanto subjetivo, mas é nessas horas que os clubes devem botar as mangas de fora e demonstrar a que vieram. Se um torcedor do Palmeiras quer um boné alusivo ao título da Copa Rio de 1951, por que não o fazer? Se um torcedor do Corinthians quer uma camiseta homenageando o título paulista de 1977, por que não trabalhar em algum produto?

Nesse terreno da criatividade, vemos uma grande vantagem dos pequenos vendedores (e também torcedores, vale ressaltar) em relação aos clubes. Já mencionei em um de meus artigos anteriores que uma das tendências atuais de marketing é o outside-in, onde as empresas captam ideias dos clientes para executarem internamente, implicando assim numa relação cliente x empresa de caráter horizontal, um dos pontos essenciais do que podemos chamar de Marketing 3.0. Se os clubes possuem estruturas maiores do que os pequenos vendedores para executarem pesquisas e análises de público, por que ainda insistem em continuar atrás do placar?

Para finalizar, não quero demonizar nenhum vendedor (até porque já comprei de vários e fiquei muito satisfeito), mas sim levantar um ponto que acredito não haver uma discussão tão aprofundada. Ainda falta muito para o futebol ser plenamente enxergado como um negócio rentável, portanto cabe a todos os profissionais e estudantes da área prepararem o terreno para mudar essa história.

Gostou deste artigo? Deixe seu ponto de vista nos comentários e vamos alimentar essa discussão de grande relevância para o mercado esportivo!

(Foto: Tatuapé e Cebola Produtos Licenciados)

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