DO CAMPO PARA CASA, POR DIEGO CARNEIRO
Hoje vivemos em um mundo sem barreiras. A divulgação de informação é algo quase instantâneo, um acontecimento no Japão em poucas horas se torna notícia no Brasil, tudo ficou mais rápido, acessível e divulgável.
A tendência mundial é a doutrina econômica do consumir, focado no poder da aquisição, trabalhamos e batalhamos para ter e acumular coisas. O consumo é o regente da sociedade.
As empresas têm plena consciência disso e sabem explorar com maestria este fato através das mídias.
Um grande palco para a exposição da marca é o cenário esportivo, mexer com a paixão para atrair consumidores, esse nicho de mercado atinge todas as idades, e cada vez se investe mais em publicidades, eventos e produtos. A disseminação é através das mídias sociais, transmissões esportivas e jogos eletrônicos, assim, atingindo todo o globo.
Uma criança, ao ver seu ídolo usar uma determinada marca, chuteira ou acessório, certamente pedirá ao seu familiar mais próximo para comprar. As empresas querem associar o atleta à logo, garantindo a venda e gerando lucro através de uma gama de produtos a serem explorados.
Podemos tomar de exemplo o jogador português Cristiano Ronaldo, patrocinado pela Nike, que em 2013 vendeu um milhão de camisetas com seu nome nas costas.
Por isso, vemos hoje tanto investimento para a contratação de jogadores, e toda essa operação financeira não é apenas por conceitos técnicos, mas sim para também obter a vinculação do atleta à marca – uma fusão entre técnica e marketing. O motivo é simples e cristalino: porque vende, e vende muito.
Um caso concreto e recente foi a contratação do jogador brasileiro Neymar. O PSG, atual clube do atleta, vendeu 10.000 camisas em um dia, cerca de 1 milhão de euros.
Além da capacidade futebolística, o jogador tem o poder de venda e de vinculação. A imagem e o estilo de vida dão o cenário perfeito para explorar a marca, e a médio prazo ele valerá cada centavo investido.
Então, baseando-se no instinto de consumo, cumulativamente com a rapidez da informação de dados e utilizando atletas de alto rendimento para propagar a marca, fica fácil obter lucro e enxergarmos esta batalha de cifras no esporte: a receita é simples e inevitável.