{"id":3974,"date":"2018-10-19T10:31:05","date_gmt":"2018-10-19T13:31:05","guid":{"rendered":"http:\/\/brandbola.com\/?p=3974"},"modified":"2019-08-02T16:27:59","modified_gmt":"2019-08-02T19:27:59","slug":"tendencias-da-industria-do-futebol-apontadas-no-wfs-2018-equilibrio-competitivo%e2%80%8b","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/brandbola.com\/2018\/10\/19\/tendencias-da-industria-do-futebol-apontadas-no-wfs-2018-equilibrio-competitivo%e2%80%8b\/","title":{"rendered":"Tend\u00eancias da ind\u00fastria do futebol apontadas no WFS 2018: “Equil\u00edbrio Competitivo”\u200b – Por Fernando Trevisan"},"content":{"rendered":"

“Um dos temas mais discutidos na \u00faltima edi\u00e7\u00e3o do World Football Summit realizado em setembro em Madrid foi a\u00a0preocupa\u00e7\u00e3o com o equil\u00edbrio competitivo nos torneios europeus<\/strong>. Alguns poucos clubes t\u00eam aumentado exponencialmente seu faturamento nas \u00faltimas d\u00e9cadas e se distanciado cada vez mais do restante, gerando consequentemente um potencial maior de formar grandes elencos e com isso ganhar mais t\u00edtulos. Quanto melhores os resultados em campo, maiores os ganhos com premia\u00e7\u00f5es, que t\u00eam alcan\u00e7ado cifras bilion\u00e1rias –\u00a0s\u00f3 a Champions League vai oferecer neste ano um total de 2 bilh\u00f5es de euros<\/strong>\u00a0aos participantes, o que refor\u00e7a ainda mais esse ciclo de desigualdade da disputa.<\/p>\n

Andrea Agnelli, chairman da Juventus FC e da European Club Association, demonstrou preocupa\u00e7\u00e3o com este cen\u00e1rio, em que os\u00a012 maiores clubes do continente s\u00e3o respons\u00e1veis por cerca de 1\/3 de toda a receita<\/strong>\u00a0do futebol na Europa. Ele explicou que isso \u00e9 resultado da pr\u00f3pria evolu\u00e7\u00e3o do futebol como ind\u00fastria:<\/p>\n

1.\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0at\u00e9 os anos 80 a receita era proveniente basicamente dos ingressos de jogos, e portanto\u00a0havia um certo limite e equil\u00edbrio\u00a0<\/strong>no potencial de gera\u00e7\u00e3o de receita dos clubes;<\/p>\n

2.\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0com a aproxima\u00e7\u00e3o do esporte e a ind\u00fastria do entretenimento nas d\u00e9cadas seguintes, os direitos de transmiss\u00e3o ganham relev\u00e2ncia e\u00a0os clubes oriundos dos maiores mercados passam a receber mais por isso<\/strong>\u00a0(mercados at\u00e9 ent\u00e3o tradicionais como Esc\u00f3cia, Holanda e Portugal perdem espa\u00e7o);<\/p>\n

3.\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0com a globaliza\u00e7\u00e3o e o avan\u00e7o das m\u00eddias digitais, clubes de destaque rompem definitivamente as fronteiras em busca de novos mercados, se tornando\u00a0marcas mundiais<\/strong><\/p>\n

Uma das sugest\u00f5es de Andrea \u00e9 criar uma\u00a0terceira competi\u00e7\u00e3o continental\u00a0<\/strong>(al\u00e9m da Champions League e da Europa League), de modo a permitir que os clubes menores possam disputar um torneio internacional e explorar outros mercados. Um efeito colateral dessa sugest\u00e3o \u00e9\u00a0enfraquecer ainda mais os campeonatos nacionais<\/strong>, como alertou Georg Pangl, da associa\u00e7\u00e3o das ligas europeias. “O fortalecimento dos torneio continentais n\u00e3o pode acontecer em detrimento dos torneios dom\u00e9sticos”, afirmou Pangl.<\/p>\n

Os europeus sabem que\u00a0a imprevisibilidade do resultado \u00e9 um dos fatores principais de atratividade do esporte<\/strong>, e o futebol do continente tem perdido isso: das cinco principais ligas pode-se dizer que apenas a inglesa ainda mant\u00e9m uma certa d\u00favida do p\u00fablico sobre quem vai disputar o t\u00edtulo. E mesmo na Champions League, nas \u00faltimas cinco edi\u00e7\u00f5es o Real Madrid ganhou quatro vezes.<\/p>\n

Em que pese a for\u00e7a econ\u00f4mica do futebol da regi\u00e3o, os europeus parecem entender esta como uma amea\u00e7a concreta de atratividade para as pr\u00f3ximas gera\u00e7\u00f5es. Um problema que o Campeonato Brasileiro definitivamente n\u00e3o tem: foram seis campe\u00f5es diferentes nos \u00faltimos dez anos. Ser\u00e1 que n\u00e3o podemos explorar melhor este diferencial?”<\/p>\n

 <\/p>\n

Fernando Trevisan<\/a> \u00e9 Diretor Geral da Trevisan Escola de Neg\u00f3cios,\u00a0especialista em educa\u00e7\u00e3o corporativa, gest\u00e3o\u00a0<\/span>esportiva e criador de v\u00e1rios cursos e eventos esportivos, como a CONAFUT e o Hackathon Allianz Parque.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

“Um dos temas mais discutidos na \u00faltima edi\u00e7\u00e3o do World Football Summit realizado em setembro em Madrid foi a\u00a0preocupa\u00e7\u00e3o com o equil\u00edbrio competitivo nos torneios europeus. Alguns poucos clubes t\u00eam aumentado exponencialmente seu faturamento nas \u00faltimas d\u00e9cadas e se distanciado cada vez mais do restante, gerando consequentemente um potencial maior de formar grandes elencos e com isso ganhar mais t\u00edtulos. Quanto melhores os resultados em campo, maiores os ganhos com premia\u00e7\u00f5es, que t\u00eam alcan\u00e7ado cifras bilion\u00e1rias –\u00a0s\u00f3 a Champions League vai oferecer neste ano um total de 2 bilh\u00f5es de euros\u00a0aos participantes, o que refor\u00e7a ainda mais esse ciclo de desigualdade da disputa. Andrea Agnelli, chairman da Juventus FC e da European Club Association, demonstrou preocupa\u00e7\u00e3o com este cen\u00e1rio, em que os\u00a012 maiores clubes do continente s\u00e3o respons\u00e1veis por cerca de 1\/3 de toda a receita\u00a0do futebol na Europa. Ele explicou que isso \u00e9 resultado da pr\u00f3pria evolu\u00e7\u00e3o do futebol como ind\u00fastria: 1.\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0at\u00e9 os anos 80 a receita era proveniente basicamente dos ingressos de jogos, e portanto\u00a0havia um certo limite e equil\u00edbrio\u00a0no potencial de gera\u00e7\u00e3o de receita dos clubes; 2.\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0com a aproxima\u00e7\u00e3o do esporte e a ind\u00fastria do entretenimento nas d\u00e9cadas seguintes, os direitos de transmiss\u00e3o ganham relev\u00e2ncia e\u00a0os clubes oriundos dos maiores mercados passam a receber mais por isso\u00a0(mercados at\u00e9 ent\u00e3o tradicionais como Esc\u00f3cia, Holanda e Portugal perdem espa\u00e7o); 3.\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0com a globaliza\u00e7\u00e3o e o avan\u00e7o das m\u00eddias digitais, clubes de destaque rompem definitivamente as fronteiras em busca de novos mercados, se tornando\u00a0marcas mundiais Uma das sugest\u00f5es de Andrea \u00e9 criar uma\u00a0terceira competi\u00e7\u00e3o continental\u00a0(al\u00e9m da Champions League e da Europa League), de modo a permitir que os clubes menores possam disputar um torneio internacional e explorar outros mercados. Um efeito colateral dessa sugest\u00e3o \u00e9\u00a0enfraquecer ainda mais os campeonatos nacionais, como alertou Georg Pangl, da associa\u00e7\u00e3o das ligas europeias. “O fortalecimento dos torneio continentais n\u00e3o pode acontecer em detrimento dos torneios dom\u00e9sticos”, afirmou Pangl. Os europeus sabem que\u00a0a imprevisibilidade do resultado \u00e9 um dos fatores principais de atratividade do esporte, e o futebol do continente tem perdido isso: das cinco principais ligas pode-se dizer que apenas a inglesa ainda mant\u00e9m uma certa d\u00favida do p\u00fablico sobre quem vai disputar o t\u00edtulo. E mesmo na Champions League, nas \u00faltimas cinco edi\u00e7\u00f5es o Real Madrid ganhou quatro vezes. Em que pese a for\u00e7a econ\u00f4mica do futebol da regi\u00e3o, os europeus parecem entender esta como uma amea\u00e7a concreta de atratividade para as pr\u00f3ximas gera\u00e7\u00f5es. Um problema que o Campeonato Brasileiro definitivamente n\u00e3o tem: foram seis campe\u00f5es diferentes nos \u00faltimos dez anos. Ser\u00e1 que n\u00e3o podemos explorar melhor este diferencial?”   Fernando Trevisan \u00e9 Diretor Geral da Trevisan Escola de Neg\u00f3cios,\u00a0especialista em educa\u00e7\u00e3o corporativa, gest\u00e3o\u00a0esportiva e criador de v\u00e1rios cursos e eventos esportivos, como a CONAFUT e o Hackathon Allianz Parque.<\/p>\n","protected":false},"author":0,"featured_media":3976,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[1273],"tags":[588,1378,828,1379,162,260,1274,1377,1376],"jetpack-related-posts":[{"id":2823,"url":"https:\/\/brandbola.com\/2018\/02\/19\/os-jogadores-sao-maiores-que-os-clubes\/","url_meta":{"origin":3974,"position":0},"title":"Os jogadores s\u00e3o maiores que os clubes?","date":"fevereiro 19, 2018","format":false,"excerpt":"N\u00e3o me esque\u00e7o de um dos primeiros eventos de marketing esportivo que fui, em 2012, o Intersports Brazil. 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